Primeiro-ministro anuncia dois dias de luto nacional pelas mortes em São Vicente - Ministério-Justiça
Primeiro-ministro anuncia dois dias de luto nacional pelas mortes em São Vicente
Ulisses Correia e Silva anunciou esta medida durante a sua visita às famílias enlutadas, considerando que São Vicente viveu “uma das tragédias mais graves que aconteceram em Cabo Verde”.
“lamento a perda de vidas humanas, pessoas desaparecidas, crianças, porque de facto é uma perda irreparável”, afirmou o chefe do Governo, que deixou uma “mensagem de consternação e pêsames e força para as famílias”.
Ulisses Correia e Silva lembrou que se está perante a força da natureza que desafia a criatividade dos homens, pelo que, observou, são situações que não se consegue prever totalmente os seus impactos.
“Dados mostram que a chuva começou branda, depois passou para mais de 50 milímetros e depois para mais 100 milímetros, o que fez muitos estragos”, declarou.
O primeiro-ministro recordou, igualmente, que o Governo também decretou situação de calamidade, o que vai permitir mobilizar recursos internos e externos para reparar os estragos, desobstruir as vias e fazer reconstrução de infraestruturas.
Quanto às pessoas que ficaram desalojadas, o primeiro-ministro disse que vai disponibilizar as casas sociais na Vila Rozar, na zona de Iraque, Ribeira de Julião, para realojar famílias de forma temporária para depois garantir a reconstrução.
Por isso apelou à solidariedade dos cabo-verdianos no País e na diáspora para ajudar na reconstrução de São Vicente, informando que estabeleceu contactos com a União Europeia, com o Banco Mundial, além de acionar o Fundo Nacional Emergência para “dar resposta aos prejuízos cujos montantes são avultados”.
Sobre as pessoas que saquearam estabelecimentos, o primeiro-ministro considerou que não há nada que justifique aproveitar-se da desgraça e dos problemas dos outros.
“Isso não pode acontecer. As forças policiais vão ser reforçadas, porque primeiro é preciso apelar à consciência de cada um, sabendo que estamos em situação de fragilidade e as pessoas que têm os seus negócios e suas casas não podem ser objecto de pilhagem dos que querem tirar proveito desta situação”, afirmou.
Em relação aos estragos em Santo Antão e São Vicente a mesma fonte informou que estão sob a atenção do Governo.